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A história dos retentores é marcada por uma evolução significativa, impulsionada principalmente pelas necessidades da indústria automotiva e pelos desafios impostos pelas Guerras Mundiais.
Originalmente feitos de materiais simples como feltro e couro, os retentores passaram por uma transformação notável.
Com o advento das borrachas naturais e, posteriormente, sintéticas, houve um avanço considerável em sua capacidade de lidar com altas velocidades e temperaturas.
Dentre as borrachas sintéticas, destacam-se quatro tipos principais:
1) a nitrílica (NBR), resistente a temperaturas de -40 ºC a 100 ºC, ideal para óleos minerais e graxas
2) a poliacrílica (ACM), que suporta -40 ºC a 130 ºC, utilizada para óleos de motor e transmissão
3) a de silicone (MVQ), resistente a temperaturas de -65 ºC a 150 ºC, apropriada para óleos de motor
4) o fluorelastômero (FPM ou Viton), com uma faixa de temperatura de -35 ºC a 180 ºC, excelente para vedar óleos e combustíveis.
Além disso, o PTFE (Teflon) surge como uma inovação no campo dos retentores, oferecendo resistência térmica excepcional e baixo atrito, suportando temperaturas de até 300 ºC positiva e 260 °C negativa.
Esta evolução material não apenas reflete a inovação tecnológica, mas também a compreensão aprofundada das necessidades específicas de diversas aplicações mecânicas e industriais.
A escolha adequada, a instalação correta e a manutenção cuidadosa dos retentores são fundamentais para garantir a eficiência e a longevidade dos sistemas em que são utilizados.
Eles são indispensáveis em uma variedade de equipamentos, desde veículos até eletrodomésticos e maquinário industrial, desempenhando um papel crucial na vedação de fluidos essenciais e na prevenção da contaminação por impurezas externas.
Um retentor possui várias partes essenciais, entre elas:
1) Vedação Principal:
O elemento central do retentor, responsável por reter fluidos, tanto em movimento quanto estáticos.
Evoluções recentes incluem nervuras moldadas para melhorar a eficiência da vedação através do efeito hidrodinâmico.
2) Mola:
Mantém a força radial sobre o eixo, compensando o desgaste da borracha para garantir a eficácia da vedação.
3) Vedação Auxiliar:
Protege a vedação principal de elementos externos como água e poeira.
4) Carcaça: Estrutura de aço que dá suporte ao retentor, permitindo sua montagem.
5) Costas: Auxilia na montagem e indica o sentido de rotação.
6) Diâmetro Externo: Pode variar em material e revestimento, assegurando a interação entre o retentor e o alojamento.
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Texto: Micelli Camargo
Imagem: sabo
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