Engenharia e Cia: O que é e para que serve uma Gaxeta de Compressão?
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O que é e para que serve uma Gaxeta de Compressão?

Atualizado: 18 de out. de 2020


INTRODUÇÃO:


Gaxeta de Compressão é um elemento de máquina muito utilizado para vedação dos mais variados tipos de equipamentos e dispositivos industriais e não industriais.


Em literaturas na língua inglesa, gaxeta é identificada como Compression Packing, Packing ring, ou simplesmente, Packing.


Aqui no Brasil, nas indústrias, é mais conhecida simplesmente por gaxeta, que é o termo que iremos adotar daqui em diante.


DEFINIÇÃO:


As organizações FSA (Fluid Sealing Association) e ESA (European Sealin Association) em seu manual "Compression Packing - Technical Manual 3rd Edition" definem gaxeta como:


São elementos pré-formados, de estrutura flexível, empregadas para impedir ou reduzir a passagem de um fluido por uma determinada região, denominada, caixa de gaxetas.

Existem vários tipos de materiais, formatos e construções de gaxetas, mas a maioria delas é uma espécie de corda, porém com seção transversal quadrada. Como você pode verificar a seguir:

A gaxeta da esquerda é fabricada fibra de vidro, a do meio é grafitada e a da direita em algodão.


COMO FUNCIONA:


Como o nome completo diz, a gaxeta de compressão trabalha sob compressão. Esta é dada pelo chamado preme-gaxeta ou prensa gaxeta ou sobreposta, que nada mais é do que uma tampa que é apertada e ajustada por meio de parafusos prisioneiros não representados na figura a seguir:


Ilustração da Caixa de gaxeta e do preme-gaxetas.

A medida que se aperta o preme-gaxetas, as gaxetas expandem radialmente, reduzindo portanto a folga existente entre o eixo e a caixa de gaxetas, também chamada de caixa de selagem, reduzindo assim, o vazamento de produto operado.


Um vazamento residual é, normalmente, esperado em vedações com gaxetas convencionais e mais comuns, principalmente em equipamentos rotativos, como uma bomba centrífuga, pois esse vazamento serve para lubrificar a gaxeta e reduzir o atrito em ela e o eixo rotativo. Como referência, algo em torno de 50 gotas por minutos é considerado normal, no entanto, o vazamento depende, principalmente dos seguintes fatores tipo de gaxeta, diferencial de pressão, folga residual e a viscosidade do fluido. (Mais detalhes abordaremos em outro artigo).


USO DAS GAXETAS:


As gaxetas podem ser usadas em equipamentos e dispositivos dinâmicos ou estáticos.


Entre os equipamentos dinâmicos podemos subdividir em equipamentos rotativos e equipamentos alternativos.


Entre os equipamentos rotativos, o uso mais frequente são em bombas, dos mais variados tipos, tais como bombas centrífugas, bombas de vácuo, bombas helicoidais, bombas de engrenagens, entre outros.


O concorrente da gaxeta nesses equipamentos é o selo mecânico, que costuma ser mais eficiente, no que diz respeito a taxa de vazamento residual.


Bomba Centrífuga com Vedação por Gaxeta

Os equipamentos alternativos, como bombas de pistão, dependendo do seu tamanho também podem utilizar gaxetas como vedação.


O dispositivo estático que mais frequentemente utiliza gaxeta são as válvulas industriais. Embora as válvulas possuem um eixo que gira, esse giro é pequeno e somente em alguns momentos, a válvula não trabalha girando o tempo todo como uma bomba por exemplo, daí sua classificação como estática.


Existem vários tipos de válvulas, com construções de vedação distintas, veja abaixo um exemplo de uma válvula gaveta, vedada por gaxeta.

Válvula com Vedação por Gaxeta

Abordamos aqui os pontos principais sobre gaxeta, mas é claro que poderíamos aprofundar muito mais, porém vamos deixar para outras postagens.


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Então:


No vídeo abaixo eu faço uma explanação sobre o tema:


Escrito por: Micelli Camargo


Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI desde 2005.

MBA Executivo em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas – FGV em 2016

Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela Uniderp em 2010

Engenheiro de vendas e aplicações com 13 anos de experiência em vendas técnicas, sendo os últimos 07 anos na pela John Crane, multinacional do seguimento de Vedações Industriais, além de atuar como professor e produtor de vídeo-aulas, artigos e cursos relacionados à engenharia em Cursos Engenharia e Cia.


Atualmente coordenador da divisão técnica de Manutenção do Instituto de Engenharia.



Fontes:

  • Compression Packing - Technical Manual 3rd Edition

  • Imagens: Internet

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